Mais um conto erótico da nossa querida Lu Metal............delicia!!!!
Cidade Grande
Cidade grande, fim de tarde, correria, todo mundo corre, corre
pra pegar o trem, o metrô, o ônibus, corre pra chegar em casa, pega fila, muita
gente, gente por todos os lados, quase ninguém se vê, todo mundo tem pressa,
todo mundo tem alguma coisa melhor pra fazer, pensar, viver que não seja
aquilo.
Ela conseguiu um lugar pra sentar, muita sorte, aquele metrô
cheio, sentou, olhou em volta, segurou os cabelos abaixando a cabeça,
procurando o celular na bolsa, quando notou no canto oposto do vagão o moço
olhando na direção dela, disfarçou olhando pro celular e o procurando de rabo
de olho, “será que ele tá olhando pra mim?” pensou, “ bonitão ele, não deve ser
pra mim, mas ele não para de olhar pra cá”. O moço, olhos castanhos, olhar
sedutor, talvez da mesma altura que ela, tronco largo, peito aberto, uma
camiseta azul clara com gola V que deixava ele muito bem, calça jeans marcando
uma bunda deliciosa, “gostoso!”, pensou virando o rosto correndo com um
sorrisinho, “ele me viu olhando”.
Ele entrou no metrô seguindo o fluxo, a manada de gente que
segue, um atrás do outro, aquele bando de gente sem rosto brigando pra
conseguir menos de um metro quadrado de espaço no vagão. Olhou em volta, viu a moça sentando-se do
outro lado do vagão, “gostosa”,
Cabelos encaracolados, corpo magro, peitinho, bundão
redondo, “Do jeito que eu gosto”, não tirava o olho dela, percebeu que ela
estava retribuindo olhares, tímida e já estava pensando em como chegar mais
perto, adorava esse charme tímido, isso o instigava, já tinha esquecido até do
destino, agora ele queria chegar mais perto dela. Já imaginando seu cheiro, sua
pele, sua voz.
Ele não parava de olhar, e ela retribuindo, agora estava se
divertindo com o flerte, pensando naqueles braços a envolvendo, aquela barbinha
por fazer roçando no pescoço, vagou um lugar do seu lado, ele se mudou
imediatamente, os alto-falantes anunciavam a próxima estação, “Droga, vou
descer na próxima estação!” pensou ele sentando-se ao lado dela, “que cheiro
bom o dele” pensou ela sentindo o aroma que se desprendia do seu corpo.
A porta fechou, ele respirou fundo, olhou pro lado, ela
olhou pra ele
_Vou descer na próxima parada, vem comigo.
Levantou-se e foi pra porta.
Atônita, ela ficou paralisada uns segundos, perdida entre a
vontade de levantar e ir atrás, e a perplexidade que a mistura arrogante, meio
petulante e incrivelmente charmosa desse cara, essa boca dele, o olho faiscante
olhando direto no seu, “Que tesão” ela pensou, “Ah, foda-se, eu não vou perder
uma transa por conta de pensar demais”.
A porta abriu, ele saiu, ela foi atrás, ele não olhou pra
trás nenhum momento do trajeto, como se tivesse certeza de que ela vinha, ela
andava atrás entre o tesão e a raiva, ele parou em frente um portão, olhou, deu
um sorrisinho cínico, certeiro, e entrou.
Ela foi atrás, subiu uma escada que levava à um quarto
independente da casa, no andar de cima, uma casa legal, um jardim, um pé de
maracujá, entrou no quarto, fechou a porta atrás de si, largou a bolsa num
canto, quarto amplo, uma TV, uma cama grande, ele se aproximou num ímpeto,
beijo bom, mãos firmes que a seguravam forte, pegada, saliva, sem roupa se
jogaram na cama, ele a lambia com fome, e, nossa, fazia isso muito bem, ela
gemia alto, ele subiu lambendo sua barriga, ela transpirava, pegou seus peitos,
seu toque era firme e delicado, ele chupava seus mamilos, ela suspirava e gemia
baixinho, puxando sua cabeça, querendo sua boca, lambia e mordiscava sua
orelha, a barba arranhando seu queixo, seus corpos suados colando, o movimento
ganhando ritmo, o pau grande dele entrava nela abrindo espaço, chegando fundo, o
tesão os invadia, chegando naquele ponto
que nada mais importa, o gozo tomando o cérebro, eletricidade correndo
nas veias, ele sussurrava sacanagens em seu ouvido enquanto bombava, sua buceta
escorria, o gozo quente se misturando aos suores, pentelhos se entrelaçando, o
cheiro de sexo, ela gemia alto.
_geme sua safada, gosta da rola grande né?
_ gosto, mete, mete gostoso esse pausão, me faz gozar
gostoso
Ele a virou de quatro, ajeitando seu corpo já mole de prazer
solto em suas mãos, se encaixou nela, roçava sua barba em suas costas, cheirava
seu corpo suado como quem cheira uma fruta saborosa, mordia seus ombros subindo
em mordiscadas leves até a nuca, seu pau entrando de vagar pelo seu cu, suas
mãos firmes conduziam seu quadril, o cacete entrava, ele respirava forte, suas
mãos brincando com seu grelo, ela gemia, ele bombava e a massageava, ela
gritava de tesão
_ vou gozar
Eles falaram quase em coro, seus corpos quase desfalecidos
esparramaram-se pela cama, arfando, como que percorridos por um choque de 220
volts.
Nenhuma palavra, ela se levantou, se vestiu, deu-lhe um
beijo na boca e se foi.
Lu Metal é uma ativista, feminista, romântica incurável que acredita num mundo onde todos sejam livres, e enquanto isso escreve estórias. |