Conto da semana
por Lu Metal
Casual...........
Uma balada, lugar legal, escurinho, cheio de gente, a música
embala os loucos na pista, pessoas na fila do bar, luzes piscando, ela entra só
e confiante, aquela noite prometia, amigos a esperavam lá dentro, nada podia
dar errado, nada seria como ela planejara, de cerveja na mão, dançando era o
único jeito de atravessar a pista, muita gente, gente bonita, um par de olhos
castanhos encontrou os dela e ela perdeu o fôlego, ele era muito gato, charmoso
a enlaçou numa dança irrecusável, braços fortes, da altura dela, cabelo
castanho, barba rala que roçava em sua nuca, a música ficou mais lenta, os
corpos mais colados, um perfume amadeirado com cheiro de desejo, a mão ficando
boba, ela ficando mole, a pista ficando longe, o beijo ficando quente, as
resistências sumindo, as regras também, as mãos dela dentro da camisa, as dele
debaixo da saia, a loucura do desejo entorpecendo, nem lembravam que tinha
gente em volta, abre o zíper, “quero te chupar” ela diz mordendo a orelha dele,
“Vem pro canto” ele diz empurrando seu corpo contra a parede, o pau duro na
mão, ela brinca, morde seu pescoço, escorrega, pau grande, gostoso, lambe a
cabeça que pulsa na boca, desce a língua pelo tronco do pau, lambendo tudo, ele
tem cheiro de tesão, cheiro forte, entorpecente, as bolas passam da mão pra
boca, ela lambe e baba tudo, chupa uma, depois a outra, as duas na boca de uma
vez, ele treme, bambeia a perna, ela vola a chupar o pau, enquanto ele entra
todo na boca, sua língua brinca na cabeçona, ele tá quase gozando, ela para, faz
cara de safada, sobe pra falar no seu ouvido, “Agora é sua vez, gostoso”,
“Safada” ele diz gemendo, mordendo de leve o lóbulo da sua
orelha, ela suspira, ele vai, a língua quente e gostosa brincando no seu grelo,
lambendo rápido, martela num rítmo, como quem come um pêssego ele sorve seu
gozo que escorre, a língua entra mais fundo, o nariz mergulha na boceta, o
cheiro dela o deixa transtornado, cheiro de sexo, cheiro de vontade, ele a
senta na caixa de som, altura boa, certinho pro encaixe, ele a penetra e ela
grita, o som alto, as luzes girando, ele bombando forte, as mãos apertando os
mamilos, a festa rolando como se eles não existissem, o êxtase chega no ritmo
do som, eles tremem juntos, o beijo sela o gozo, eles riem, ele vai ao
banheiro, ela vai pro bar, os amigos aparecem, a balada segue.
Lu
Metal é uma ativista, feminista, romântica incurável que acredita num
mundo onde todos sejam livres, e enquanto isso escreve estórias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário