terça-feira, 7 de junho de 2016

Conto da semana

por Lu Metal 



Casual...........

Uma balada, lugar legal, escurinho, cheio de gente, a música embala os loucos na pista, pessoas na fila do bar, luzes piscando, ela entra só e confiante, aquela noite prometia, amigos a esperavam lá dentro, nada podia dar errado, nada seria como ela planejara, de cerveja na mão, dançando era o único jeito de atravessar a pista, muita gente, gente bonita, um par de olhos castanhos encontrou os dela e ela perdeu o fôlego, ele era muito gato, charmoso a enlaçou numa dança irrecusável, braços fortes, da altura dela, cabelo castanho, barba rala que roçava em sua nuca, a música ficou mais lenta, os corpos mais colados, um perfume amadeirado com cheiro de desejo, a mão ficando boba, ela ficando mole, a pista ficando longe, o beijo ficando quente, as resistências sumindo, as regras também, as mãos dela dentro da camisa, as dele debaixo da saia, a loucura do desejo entorpecendo, nem lembravam que tinha gente em volta, abre o zíper, “quero te chupar” ela diz mordendo a orelha dele, “Vem pro canto” ele diz empurrando seu corpo contra a parede, o pau duro na mão, ela brinca, morde seu pescoço, escorrega, pau grande, gostoso, lambe a cabeça que pulsa na boca, desce a língua pelo tronco do pau, lambendo tudo, ele tem cheiro de tesão, cheiro forte, entorpecente, as bolas passam da mão pra boca, ela lambe e baba tudo, chupa uma, depois a outra, as duas na boca de uma vez, ele treme, bambeia a perna, ela vola a chupar o pau, enquanto ele entra todo na boca, sua língua brinca na cabeçona, ele tá quase gozando, ela para, faz cara de safada, sobe pra falar no seu ouvido, “Agora é sua vez, gostoso”,

“Safada” ele diz gemendo, mordendo de leve o lóbulo da sua orelha, ela suspira, ele vai, a língua quente e gostosa brincando no seu grelo, lambendo rápido, martela num rítmo, como quem come um pêssego ele sorve seu gozo que escorre, a língua entra mais fundo, o nariz mergulha na boceta, o cheiro dela o deixa transtornado, cheiro de sexo, cheiro de vontade, ele a senta na caixa de som, altura boa, certinho pro encaixe, ele a penetra e ela grita, o som alto, as luzes girando, ele bombando forte, as mãos apertando os mamilos, a festa rolando como se eles não existissem, o êxtase chega no ritmo do som, eles tremem juntos, o beijo sela o gozo, eles riem, ele vai ao banheiro, ela vai pro bar, os amigos aparecem, a balada segue.


Lu Metal é uma ativista, feminista, romântica incurável que acredita num mundo onde todos sejam livres, e enquanto isso escreve estórias.


Nenhum comentário:

Postar um comentário